‘Marco legal fundamental para frear o avanço do crime no Brasil’, diz Alessandro Vieira sobre PL Antifacção

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) comemorou a aprovação do projeto de lei 5.585/25, conhecido como PL Antifacção, que ocorreu na noite desta quarta-feira (10), no plenário do Senado. Vieira foi relator do projeto na Casa e, diferente do que ocorreu na Câmara dos Deputados, desta vez o texto aprovado foi ao encontro do que esperava o governo federal.
“Esse projeto é um marco legal fundamental para frear o avanço do crime no Brasil”, escreveu Vieira em suas redes sociais.
Entre as medidas que o projeto apresenta está o aumento da pena para crimes ligados a facções. Como, por exemplo, o estabelecimento de penas mais altas para integrantes, financiadores e líderes de facções e milícias. Nesses casos, homicídios ligados ao crime organizado serão de 20 a 40 anos de prisão. Já para quem integrar ou financiar grupos, será de 15 a 30 anos. E, para líderes em circunstâncias agravadas, penas podem chegar a 60 anos e, em casos específicos, até 120 anos.
“A proposta foi aprovada com total apoio dos senadores, uma pauta suprapartidária. Segurança pública é prioridade para garantir uma vida digna aos brasileiros”, afirma Alessandro Vieira.
O projeto também cria regras mais severas para progressão de pena, com exigência de cumprimento de 70% a 85% da pena antes de permitir mudança de regime (fechado para semiaberto, etc.). Ele também ampliou os poderes investigativos com escutas ambientais, monitoramento de dados e interceptações telefônicas com autorização judicial, e possibilitou o acesso a dados sem ordem judicial em casos de risco à vida.
O texto aprovado institui ainda uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) sobre apostas on-line (bets), com alíquota de 15% sobre transferências de pessoas físicas para plataformas, destinada ao Fundo Nacional de Segurança Pública (estimativa de cerca de R$ 30 bi/ano).
Em casos de envolvimento de agentes públicos com o crime organizado, o relatório de Alessandro Vieira diz que quem for condenado por integrar/auxiliar facções fica inelegível por 8 anos mesmo antes do trânsito em julgado. Em casos de servidores públicos que colaborarem ou se omitirem, podem perder o cargo imediatamente.
O texto segue agora para a Câmara, onde deverá ser aprovado para, em seguida, ir à sanção presidencial.
“Cobrem os deputados do seu estado e acompanhem de perto essa votação tão importante para todos nós”, pede Alessandro Vieira.
Por Marcos Antônio, correspondente exclusivo do Sergipe Notícias em Brasília
Senado aprova PL Antifacção com penas que podem chegar a 120 anos
Projeto foi aprovado por unanimidade










