O delegado Paulo Márcio Ramos Cruz, ex-presidente da Adepol, usou as redes sociais na manhã desta sexta-feira (19) para fazer um desabafo e ainda afirmar que o Secretário de Segurança Pública, João Eloy e a Delegada-Geral Katarina Feitoza, mesmo não sendo filiados à Adepol, teriam influenciado no resultado das eleições.

Paulo Márcio postou no grupo de WhatsApp, “Café com Política” que “o secretário João Eloy e a Delegada-Geral Katarina Feitoza sequer eram filiados à entidade, mas o desejo de controle absoluto sobre as entidades de classe não os impediu de se imiscuir em uma área que, por princípio, deveria estar a salvo dos tentáculos do governo”, disse o delegado.

Veja o que escreveu o delegado:

Ingerência da SSP na Adepol

Sei que a muitos causou surpresa e até certa ojeriza o conteúdo de alguns áudios atribuídos a um delegado de polícia, divulgados no início da semana nas redes sociais.

O que provavelmente muitos não perceberam é que, em sua fala exaltada, o conhecido delegado revela que, durante a campanha para a eleição do Conselho-Diretor da Adepol, em 2017, a chapa de oposição – que viria a ser eleita – foi ao secretário João Eloy de Menezes e à Delegada-Geral Katarina Feitoza pedir apoio, fato, todos sabemos, influenciou diretamente o resultado da eleição, na medida em que vários associados, mesmo constrangidos, mudaram o voto a pedido da Administração.

O secretário João Eloy e a Delegada-Geral Katarina Feitoza sequer eram filiados à entidade, mas o desejo de controle absoluto sobre as entidades de classe não os impediu de se imiscuir em uma área que, por princípio, deveria estar a salvo dos tentáculos do governo.

Nunca havia tratado desse assunto publicamente porque não teria como provar o alegado. Mas a confissão, já tornada pública por meio das redes sociais, incentivou-me a esclarecer mais um episódio sombrio de nossa história recente.

Paulo Márcio Ramos Cruz – Ex-presidente da Adepol


Fonte: Munir Darrage /Faxaju