Morre Bebeto de Freitas, da 'geração de prata' do vôlei

Publiciado em 13/03/2018 as 22:52


O ex-jogador de vôlei, ex-técnico da seleção brasileira e dirigente Bebeto de Freitas morreu nesta terça-feira (13), aos 68 anos, em Belo Horizonte.

Ele sofreu uma parada cardíaca pouco depois de participar de um evento na Cidade do Galo, centro de treinamento do Atlético-MG. Bebeto trabalhava no clube como diretor de administração e controle.

Segundo o Atlético-MG, Bebeto recebeu atendimento médico no local, mas não resistiu. O clube decretou luto oficial de três dias.

"Sempre gostei de gente de bem e honesta ao meu lado. Por isso gostava de estar perto de você. Encontramos mais tarde, Bebeto", escreveu Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente do Atlético-MG.

Bebeto de Freitas foi o responsável por comandar uma revolução no vôlei brasileiro. Foi com ele que o país despontou no esporte. Sob o seu comando, a seleção masculina passou a se tornar protagonista, com o vice-campeonato mundial em 1982.

Dois anos depois, conseguiu feito ainda mais importante: comandou o time na conquista da medalha de prata na Olimpíada de Los Angeles-1984, numa equipe em que brilharam William, Montanaro, Renan e Bernard, entre outros. Ele também esteve à frente da seleção nos Jogos de Seul 1988.

Sobrinho do jornalista João Saldanha, Bebeto tinha temperamento forte e não foram poucas as vezes em que entrou em confronto com dirigentes importantes do esporte brasileiro.

Entre eles Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e do COB (Comitê Olímpico do Brasil).

Bebeto também teve sucesso no vôlei italiano, comandando o Maxicono Parma, cinco vezes campeão italiano. Ele treinou a seleção italiana em 1997. No ano seguinte, venceu o Mundial.

Em nota, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) se solidarizou com os familiares e manifestou profundo pesar com a morte de Bebeto. "As conquistas e o trabalho ficarão para sempre na história do esporte olímpico brasileiro", declarou