Em sua 8ª edição, o Julho das Pretas traz esse ano o tema “Em defesa das Vidas Negras, pelo Bem Viver”. A escolha do mote é fruto da luta do movimento negro em todo o mundo, o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) tem ganhado adesão e amplitude internacional, e no Brasil, essa luta que é secular não tem sido diferente.
Diante desse cenário assombroso provocado pelo racismo, onde, segundo dados do último Mapa da Violência, diariamente são as pessoas negras mais morrem vítimas de arma de fogo, a Auto-organização de Mulheres Negras Rejane Maria, realizou na última quarta-feira, 01, um importante debate virtual sobre Educação e Pandemia. A primeira atividade da organização de um conjunto de ações que serão realizadas ao longo do mês de Julho.
É importante frisar que haverão atividades promovidas por diversas organizações em Aracaju, alusivas ao Julho das Pretas, compondo o calendário de ações organizado pelos movimentos de mulheres negras de Aracaju.
A atividade contou com a participação das professoras Carine Mangueira, Morgana Leite e a mediação da jornalista Laila Oliveira. O diálogo trouxe questões como o aprofundamento das desigualdades, bem como as dificuldades das crianças e jovens negras e pobres, que permanecem sem acesso à educação, em meio às adaptações de uma educação à distância.
A programação continua ao longo do mês, e pode ser vista na página do facebook e do instagram – mulheresnegrasrejanemaria.

Sobre o Julho das Pretas

O “Julho das Pretas” é uma agenda comum de ações e proposições fomentadas por diversas organizações do movimento de mulheres negras, a proposta foi realizada pelo Instituto Odara, na Bahia e se estendeu para organizações da Rede de Mulheres Negras do Nordeste e outros estados do Brasil. O intuito é homenagear o dia nacional da mulher negra, ou, dia de Tereza de Benguela, 25 de julho, e assim promover reflexões acerca da situação da mulher negra no enfrentamento ao racismo, machismo, sexismo e demais formas de opressão.