FUP orienta pelo fim da greve na Petrobras

Após oito dias de paralisação das atividades, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) orientou pela suspensão da greve nacional que teve início na última segunda-feira (15). O anúncio, feito pela Federação, foi emitido após reunião realizada, nessa segunda-feira (22), no Edifício Senado (Edisen), sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (RJ).
De acordo com a nota enviada pela FUP à imprensa, o Conselho Deliberativo (CD) aprovou o indicativo de aceitação da contraproposta apresentada pela Petrobrás. A proposta será submetida às assembleias da categoria, que começam a ser convocadas e realizadas a partir da noite desta segunda-feira.
A FUP revelou, ainda, que a greve garantiu avanços econômicos, sociais e estruturais no Acordo Coletivo de Trabalho, incluindo pagamento de abono, reajustes no vale-alimentação e vale-refeição, criação de auxílio alimentação mensal, redução da participação dos trabalhadores nos custos de transporte e deslocamento, avanços nas condições de trabalho no offshore e em unidades em parada de manutenção, fortalecimento da saúde e segurança no trabalho, entre outras conquistas solicitadas pela categoria.
Correção de distorções
“A mobilização também assegurou a correção de distorções regionais, como no Amazonas, e a instalação de um fórum permanente para discutir a Pauta pelo Brasil Soberano, com temas como transição energética justa, fortalecimento do Sistema Petrobras, futuro das subsidiárias e reconstrução de setores estratégicos”, informa a federação.
Entre os pontos acordados, estão a garantia de que não haverá punições aos grevistas, o abono de 50% dos dias parados e o desconto dos demais sem reflexos ou a opção por banco de horas. A Transpetro também se comprometeu a criar um grupo de trabalho para tratar de distorções entre trabalhadores das unidades de Coari e Urucu, no Amazonas.
Reivindicações
Os petroleiros exigiam o atendimento dos três eixos da campanha reivindicatória: distribuição justa da riqueza gerada; fim dos Planos de Equacionamento dos Déficits da Petros (PEDs), que, segundo a FUP, penaliza aposentados e pensionistas; e reconhecimento da Pauta pelo Brasil Soberano, que envolve a defesa de uma Petrobras pública e comprometida com o desenvolvimento nacional.
No último domingo (21), a Petrobras apresentou ajustes em sua última proposta de acordo coletivo de trabalho. A federação considera que a proposta apresentada continha “avanços significativos em relação aos três eixos de luta da campanha reivindicatória”.
Quatro pontos
A federação e seus sindicatos cobraram mais quatro pontos: que a proposta fosse seguida por todas as subsidiárias; que não houvesse descontos dos dias parados na greve, nem punições aos grevistas; a garantia da isonomia entre os trabalhadores do terminal de Coari e de Urucu, no Amazonas; e que fosse garantida a hospedagem para os trabalhadores offshore. Além disso, foi cobrado à Petrobras que apresente uma carta-compromisso para a solução dos Planos de Equacionamento dos Déficits da Petros (PEDs).
A mobilização dos petroleiros atingiu nove refinarias, 16 terminais operacionais, quatro termelétricas, duas usinas de biodiesel, dez instalações terrestres operacionais, duas bases administrativas e três unidades de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) e 28 plataformas offshore (no mar).
Fonte: Destaque Notícias










